sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Hitler não era tão mau assim

Aloys Schicklgruber nasceu em Waldviertel, Áustria, em um longínquo julho de 1837. Ele era um camponês, como a maioria de sua linhagem. Mesmo sem estudo, conseguiu trabalhar em um cargo baixo do Ministério das Finanças austríaco, época que começou a estudar. Anos mais tarde, ao ser aprovado em um concurso público, Aloys acabou por trabalhar em diferentes cargos na alfândega de seu país.

Um fato curioso sobre Aloys é que ele mudou de nome. Filho ilegítimo de Maria Anna, nunca conhecera o pai. Quando já estabelecido como agente alfandegário, pediu permissão para utilizar o nome do então falecido padrasto, Johann Georg Hiedler. Seu pedido foi aceito.

Aloys tornou-se Alois, por uma vontade particular. Só não se entende porque Schicklgruber, que deveria tornar-se Hiedler, talvez por um erro de escrita ou por uma questão fonética, registrou-se como Hitler.

Se você leu até aqui, provavelmente interesse-se por história e ficará decepcionado, e certamente não faz parte do público o qual eu vou me referir: a Geração T. Os membros, se assim podemos classificá-los, desta geração são T por serem “testemunhas”, ou seja, captam o mínimo de informação necessária para repassá-la aos outros.

A Geração T não lê conteúdo de textos, eles apenas os avaliam e os julgam pelo teor do título, criam diálogos e situações fictícias a partir de chamadas, acreditando já saberem de tudo que a publicação traz. Os três primeiros parágrafos deste texto são meramente ilustrativos, trazendo a monótona história de Alois Hitler, o pai de Adolf. Isso para testar quem leu e quem apenas reproduziu este texto sem sequer clicá-lo - ou quem começou a leitura, se desinteressou e replicou-o sem chegar ao fim.

As duas características principais dessas pessoas são: onisciência e crítica. A Geração T sabe de tudo, sobre tudo e tem opinião para tudo. Por serem tão sabedores do Universo, a crítica ocorre constantemente, geralmente negativa. E o pior, o julgamento de seus critérios sempre ocorre pela cabeça dos outros, nunca por si só. Suas opiniões não são formadas por idéias próprias, são meros replicadores de conceitos engessados.

Pessoas da Geração T, geralmente jovens, são pessoas de difícil convívio profissional. Normalmente é aquele que critica tudo e todos, como sempre estivesse correto, tendo o chefe como o grande vilão de uma história tirânica onde ele é a vítima. Membros deste grupo compartilham incessantemente textos nas redes sociais, geralmente seguidos de um comentário, para ele abalizado, negativamente crítico. Pergunte-o se leu. Não leu.

Seria presunção minha acreditar que este texto serviria de experimento para uma amostragem desta geração. Analisar quem o compartilhou pelo título, criticando o autor, o conteúdo, a vida, o verde do gramado do vizinho, sem ao menos tê-lo lido em cinqüenta por cento.

O imediatismo da internet - e o poder que ela dá a cada vírgula de cada pessoa - transformou o mundo num hospício de críticos, onde ninguém faz ideia do que está falando e apenas o fala pelo prazer do feedback que isso traz. Ao perceber que uma polêmica gratuita, um julgamento premeditado e um linchamento sem propósito geram likes e compartilhamentos, o geração-tezista não hesita em expor da forma mais pobre sua indignação.

Desta maneira, parece que sugiro algum tipo de censura, de castração da liberdade de expressão. Sim e não. Todos são livres para dizer o que bem querem – assumindo os riscos que isso traz -, mas ninguém deve se expressar sobre o que não sabe. O grande problema é saber quando não o sabe. Eu mesmo posso estar sendo pobre de conteúdo nestas linhas sem saber.

Mas confesso que consigo imaginar um share deste texto com a sentença, questionando: “Como que um cara me fala uma besteira dessas?!”. O que só ocorrerá se eu tiver muita sorte – e novamente seria muita presunção afirmar que acontecerá com certeza.

Se alguém procurava aqui por uma opinião neonazi que desmistificasse a figura do mais famoso Hitler, para corroborar com algum sentimento torto adormecido, sinto muito. Os livros de história existem para concretar uma verdade inalterável dos fatos. Alois não era tão mau assim, mas Adolf certamente foi o pior.







12 comentários :

  1. Ótimo texto Fernando! Espero que aceite a brincadeira no facebook apesar de não nos conhecermos pessoalmente. Sucesso e sorte!

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  2. Como que um cara me fala uma besteira dessas?!

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  3. você julgou muito bem ageração t que lê somente os 3 primeiros parágrafos e disse que os livros de Histórias provam os crimes de Hitler, mas você se esqueceu de fatos....

    como os Warner Bros conseguiam imagens da guerra para colocar no cinema se seus soldados só chegaram na Alemanha em 1945???

    A verdade que vocês querem encobrir é que os "Warner" manipularam a mente de Hitler com controle mental (que foi descoberto no fim do seculo 19) para Hitler guerrear contra o mundo e a Inglaterra ser obrigada (sabiam que Hitler era manipulado mas são baba ovo do EUA ate hoje) a dar todo ouro Brasileiro que os Portuguese deram para os ingleses para os EUA...

    todos sabem que os Warner são judeus que fizeram pacto com o demônio e foram para Hollywood dizendo que fariam cumprir a profecia da Bíblia...com o cinema de Tomas Edson já tinha | "imagem da Besta" só que parte do mundo não concordava com isso e assim os Warner aproveitaram que os Alemães não concordavam com isso e usaram Hitler de cobaia...

    por que motivo o papa entregaria o vaticano para Hitler se ele não fosse um messias???

    Hitler tinha a igreja católica na Alemanha, só que os judeus queriam adorar os Warner que tinham pacto com diabo, por isso Hitler os matava, pois crucificaram Jesus e queriam adorar os judeus que tinham pacto com demônio...então Hitler os passava pelo mesmo Martírio que Jesus passou...

    se você quiser aceitar que Hitler era um assassino como os livros de Historia diz o problema é seu...mas não se esqueça que Hollywood manipula não só a Mídia mas também seus livros de escola que você tanto confia...e lembre-se...quando mataram Tiradentes ele era um bandido, mas quando o Brasil virou republica ele foi considerado um herói...cuidado, pois seu mesmo livro de historia que hoje chama Hitler de assassino amanha poderá te-lo como herói...é só o Messias voltar e acabar com Hollywood...guarde bem minhas palavras, pois isso esta mais próximo do que você pode imaginar...

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  4. Bah ! Que texto ... A geração tezista está ai para provar que o imediatismo está nos consumindo e com isso fazendo com que tiremos conclusões errôneas, e a geração que dá sentido ao velho ditado " quem vê cara não vê coração "

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